Roger Waters, ex-Pink Floyd, compartilhou em suas redes sociais recentemente uma nova música chamada “Sumud”. Conhecido por suas canções de protesto, o músico veterano escolheu como título uma palavra árabe que significa “perseverança firme” ou “resistência inabalável”.
Apresentando reflexões sobre a luta contra a opressão e criticando a postura de bilionários na letra, Waters também menciona o trabalho de ativistas ao redor do mundo e cita a falecida Marielle Franco.
A socióloga e vereadora do Rio de Janeiro foi assassinada a tiros em 2018 e seu nome é mencionado ao lado de outras figuras marcantes como Rachel Corrie, Shireen Abu Akleh, Sophie Scholl e Anne Frank. Antes da lista de referências, Roger canta:
“Lembro-me bem de você / De onde você ficou, de onde você caiu / Você foi brutalmente assassinada / Mas seu espírito permanece”
“Sumud” chega acompanhada por imagens de manifestações em prol da Palestina e revela a voz crua de Waters acompanhada por um ritmo que vai ganhando intensidade aos poucos, até explodir no refrão. Ouça abaixo:
Roger Waters teria antecipado o lançamento da música em julho, quando falou com o canal WorldBeyondWar.org (via Igor Miranda):
“‘Sumud’ é só uma demo. Não é a versão final porque ainda não tem as vozes do coral. E o coral somos todos nós, no mundo inteiro, toda a gente comum protestando contra o genocídio em Gaza e contra todas as outras guerras e toda a dor desnecessária e sofrimento que nos são impostos pela classe dominante e pelos oligarcas. Não vou dizer mais nada sobre, mas estou ansioso para que as pessoas escutem.”
Sempre antenado com o que acontece ao redor do mundo, principalmente envolvendo a cena política, o músico britânico já homenageou Marielle Franco em outras ocasiões.
Em 2018, durante apresentação no Rio de Janeiro, Waters usou uma camisa com a frase “lute como uma Marielle Franco” e chamou para o palco a filha da ativista, Luyara Santos, a irmã, Anielle Franco, e a viúva, Mônica Benício.
Em 2022, o ex-Pink Floyd também incluiu a brasileira em seus shows, ao compartilhar o nome de Marielle em um telão enorme durante a performance juntamente ao de outros defensores dos direitos humanos. Por lá, Roger também destacava sua “localização” (Rio de Janeiro, Brasil), seu “crime” (criticar a polícia) e sua “punição” (morte).
Imagem: Divulgação
Texto: TMDQA!